Meu filho não quer comer



         Hoje o post é para as mamães que sofrem com a alimentação dos pequenos. Tenho ouvido muitas amigas reclamarem que seus filhos quase não comem, por isso, eu convidei a nutricionista Letícia Moreira para dar dicas especiais.

        A Letícia é formada pela faculdade de medicina de Itajubá, 8 anos atuando em nutrição clínica, especialista em Obesidades Adulto e infantil e está se especializando em Nutrição Pediátrica, além de ser mãe do pequeno Davi que acaba de completar 1 aninho.


             Por Letícia Moreira

           “Meu filho não come nada! Esta é uma queixa comum nos consultórios de nutricionistas e pediatras. A princípio, a criança deve ser avaliada pelo pediatra o qual solicitará alguns exames de rotina, se necessário, para verificar se a criança possui alguma doença que esteja causando a falta de apetite e, constatado o fato de que a criança é perfeitamente saudável, a dúvida persiste na cabeça da mãe: Mas qual é o motivo da falta de apetite? 

 A primeira coisa a se fazer, neste caso, é descobrir o que significa o “nada” tão enfatizado pela mãe. Podem-se citar algumas causas comuns, onde a criança não come por quê: 




  • A mãe oferece muita comida e a criança não consegue comer tudo o que lhe está sendo oferecido.
  • Não existe uma regularidade nos horários das refeições. A mãe oferece comida à criança a todo o momento e essa se nega a comer por uma razão muito simples: não está com fome.
  • Não existe variedade nos alimentos que são oferecidos à criança. Existindo o que chamamos de “monotonia alimentar”.
  • O ambiente onde a criança realiza as refeições não é apropriado, existindo muito barulho, televisão ligada, discussões etc.
  • A criança quer chamar a atenção dos pais, pois sabe que o fato dela se negar a comer implica dizer que os pais irão tentar de tudo para que ela coma, como fazer brincadeiras, contar estórias de aviãozinho etc.
  • A mãe está tensa demais para que seu filho coma e, como o laço mãe / filho é muito estreito, a criança acaba absorvendo toda essa ansiedade e como, resultado, se nega a comer.
  • Está nascendo um dentinho novo e a gengiva está dolorida, impedindo a criança de mastigar os alimentos.
  • A criança tem mais de 1 ano e ainda toma muitas mamadeiras. Este fato faz com que ela não venha a aceitar bem os alimentos sólidos. 
  • A criança não gostou da comida. Muitas mães fazem a comida da criança separada, sem tempero e às vezes nem chegam a provar não verificando, desta forma, que ficou faltando sabor, por exemplo.
  • Os pais oferecem alguma guloseima se a criança não come. Desta forma a criança se condiciona: toda vez que não comer tem guloseima.
  • A aparência do prato não agradou à criança. 
  • Existe, na refeição, algum ingrediente que não agrada o paladar da criança.
É fundamental falar um pouco sobre “Necessidades Nutricionais” da criança. Pois é de suma importância que as mães saibam que existe um motivo real para o fato de seu filho ir perdendo o apetite à medida de cresce.
                                              
  Veja as Recomendações de Ingestão Energética para crianças de 0 a 10 anos de idade:
IDADE
(anos)
SEXO
NECESSIDADE 
ENERGÉTICA  (Kcal/Kg)
0 – 0,5
  M/F
 108
0,5- 1,0
  M/F
 98
 1-3
  M/F
102 
 4-6
  M/F
 90
 7-10
  M/F
 70
RDA, 1989
 
                De acordo com a tabela acima, observa-se que a necessidade energética vai diminuindo progressivamente à medida que a criança cresce, o que torna a falta de apetite uma ocorrência absolutamente normal. Se o corpo da criança necessita de menos energia, é normal que sua fome diminua. 

          As mães que insistem em dar suplementos nutricionais, sem orientação, podem estar contribuindo para que seu filho torne-se um obeso. Pois a energia extra que a criança está recebendo, sem precisar, passa a se acumular em seu tecido gorduroso. Mas, o que poucas mães sabem, é que o número de células gordurosas de uma pessoa é definido na infância (até 2 anos de idade) e existindo um número muito grande de células adiposas, no organismo adulto, para a pessoa controlar seu peso é mais difícil. Ao contrário daquela pessoa que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número normal de células gordurosas.



Algumas dicas podem ser úteis no momento de se alimentar uma criança:
 
  • Oferecer porções de comida adequadas à criança. Deve-se levar em conta a capacidade do estômago da criança.
  • Deve existir uma regularidade nos horários das refeições. E, caso a criança não queira comer numa determinada refeição, não deve-se dar guloseimas. Adiante um pouco o horário da refeição seguinte. A criança provavelmente estará com mais fome.
  • Não deve existir “monotonia alimentar”. Ofereça alimentos os mais variados possíveis. Deixe que criança conheça os diferentes sabores dos alimentos e decidir quais ela gosta.
  • O ambiente onde a criança realiza as refeições deve ser tranquilo e harmonioso. Os familiares devem evitar para que a criança se sinta o centro das atenções, para tanto, devem procurar estabelecer diálogos, etc.
  • Não atender as chantagens da criança. Por exemplo: a criança só abre a boca se primeiro contar uma estória de aviãozinho. Isto deve ser evitado. O ideal é que a mãe ou a pessoa que está dando a comida estabeleça um relacionamento agradável sem chantagens. Uma boa opção é conversar com a criança sobre fatos da vida dela.
  • Estimular a criança a comer sozinha. Muitas mães não apreciam esta idéia devido a sujeira que os pequenos fazem. No entanto, quanto mais eles treinam, mais rápido aprenderão a comer sozinhos. E, para a criança, torna-se um prazer poder segurar a colher e levar o alimento à boca. 
  • Se estiver nascendo um dentinho novo, deve-se ter paciência e procurar dar alimentos mais macios. Não precisa dar uma dieta pastosa. A criança pode ficar mal acostumada.
  • As crianças acima de 1 ano, não necessitam de tanto leite como as mães costumam pensar. Nesse período, deve-se diminuir o número de mamadeiras para, no máximo, duas (1 pela manhã e 1 à noite). E não se deve dar mamadeiras depois das refeições (ex: sobremesa). Procurar dar leite de outras formas, através de vitaminas de frutas nos lanches, pudins na sobremesa etc.
  • A comida que é servida à criança deve estar saborosa e atrativa. 
  • A criança maior de 1 ano deve seguir a dieta da família, portanto se todos estão comendo uma macarronada não podem exigir que a criança coma uma salada de espinafre ou coisa parecida.”
Quem tiver alguma duvida ou quiser entrar em contato com a Letícia, seguem abaixo seus contatos:

Skype: nutricionistaleticia
Facebook: nutricionista Letícia Moreira
Telefone da Clínica: (35) 3471.3603

Obrigada Lê! Tenho certeza que irá ajudar muitas mamães!



Creme de Manga SEM Açúcar



         Antes de começar o primeiro post do ano, preciso agradecer a marca de 60.000 visitas!!! Muito obrigada à todos que passaram por aqui até hoje, espero conseguir cooperar mais, para que tenham vidas ainda mais saudáveis em 2013!!! Agora vamos a primeira receita light e fácil do ano!

          Nesse fim de ano transbordou manga ao nosso redor. Na ceia de Natal eu fiz uma mousse de manga maravilhosa, mas não tão light, usando essa receita do Panelaterapia. Já na ceia de Ano Novo, eu me inspirei nessa receita sem açúcar, divulgada no MdeMulher e ficou assim:
        


Ingredientes (6 taças)

3 mangas médias maduras (de preferência geladas)
3 colheres de mel (de preferência puro)
Frutas a gosto
Hortelã para decorar

Preparo

       Bater a manga em pedaços no liquidificador até formar um creme homogêneo. Misturar o mel para adoçar um pouco e dar brilho, distribuir em taças, acrescentar as frutas por cima, decorar com hortelã e voltar à geladeira até o momento de servir!

          Ficou uma sobremesa linda, gostosa, saudável, muito fácil de fazer e SEM AÇÚCAR! Espero que gostem e que comecem um ano muito saudável, cheio de proposições grandiosas e positivas!


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